segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Crítica literária

Mais que uma ode à democracia

Em “1984”, um apelo pelos mais primitivos direitos humanos. Na célebre obra literária de George Orwell, o “bate-na-tecla” da análise política é apenas um dos meios de conceber as idéias do ficcional(?) socialismo estruturado pelo autor de “Revolução dos Bichos”.

A narração de um mundo socialista, dividido em três superestados, surpreende pela ousadia do autor de dar um futuro possível ao conturbado século XX. Um futuro não muito otimista, porém. Escrito em 1949, o livro deve ter assustado muita gente que o leu.

Um sistema político implacável é criado pela mente de Orwell. Interessante é quão bem estruturado e bem pensado esse sistema se mostra, ao ponto de não suscitar dúvidas no leitor – a não ser as que servem ao propósito da narrativa. A história se passa em torno de um homem, Winston Smith, que se revolta contra a ideologia do sistema de governo em vigor. Todas as implicações e conflitos mentais decorrentes do poder absoluto de uma doutrina política sobre a vida do homem são explicitados de forma chocante para nossas mentes mais do que acostumadas aos ideais da Revolução Francesa.

Toda a angústia e falta de liberdade de Winston serviriam aos leitores como um incentivo à valorização eterna da pseudodemocracia capitalista. Entretanto, sobressai às discussões de questões políticas a indignação que toma nossas mentes em face da abolição dos direitos mais ordinários do homem, como o direito a pensar e a amar.

E nada de happy-end. Ou faz parte do realismo do autor ou de suas pretensões político-ideológicas de mostrar como é impraticável falar de direitos humanos e socialismo prático ao mesmo tempo. Ou as duas coisas. Uma leitura indicada para quem quer conhecer melhor o imaginado poderio de uma potência socialista evoluída – ou distorcida, doutrinariamente falando. Seja você um marxista-leninista apaixonado ou um capitalista selvagem, “1984” vale a pena. As comparações com regimes de governo reais ficam por conta do leitor. E as intenções de George Orwell com o enredo também.

sábado, 20 de outubro de 2007

O Papo é Pop

O P da discórdia


“O pop não poupa ninguém”, diriam os Engenheiros do Hawai. Nem mesmo a boa e velha MPB. Volta e meia retorna a cena a discussão: “por que fulano ou cicrano não são MPB?”. Essa questão mostra que o brasileiro comum - e até mesmo o músico brasileiro – desconhece o sentido da expressão MPB.

Os mais apressados responderam “musica popular brasileira, seu idiota!”. De fato, esse é o significado da sigla, mas o que a sigla representa? É aí que quero (cacofonias à parte) chegar.

“Também faço MPB. Faço música porque, não sou arquiteto. Sou popular, porque não sou erudito. E sou brasileiro, já que não nasci no Japão”. Raciocínio tentador proferido por Lobão, não acha caro leitor? No entanto, farei o papel do advogado do diabo. Lobão é músico, é popular e é brasileiro, mas não é MPB.

O que ele disse não é suficiente para enquadrar ninguém nesse gênero musical e vou demonstrar por quê. Proponho um exercício de reflexão. Vamos lembrar do nascimento da música popular brasileira.

Em meados do século XIX, ainda com a escravidão e o Império, a música engatinhava na Terra Brasílis. Havia uma clara divisão: De um lado a música da corte, composta exclusivamente por ritmos europeus como ópera, valsa, polca, música clássica e outros estilos. Por outro lado, a música das camadas mais populares (negros livres, mestiços e escravos) era por excelência de origem africana, composta por batuques, pelo lundu, além de muitos tentarem imitar a música das elites com palmas e violas.

Contudo, como o povo pensa de forma semelhante a Oswald de Andrade, só lhe interessa o que não é seu. Dito isso, já dá para imaginar o que aconteceu, não? Começaram a pipocar aqui e ali vários pioneiros, que combinaram as duas vertentes aparentemente inconciliáveis e criaram algo novo e único, a MPB. Foi esse o processo que originou o choro, que depois originou o samba, que foi ingrediente da bossa nova... Ah, tá bom! Já deu para entender.

Toda essa contextualização foi para mostrar que, ao contrário do que muitos pensam, múisca popular brasileira não é aquela tocada por um nativo que faz sucesso. Esse popular não serve para designar popularidade. Esse P da discórdia é toda a música do povo, criada por ele, aperfeiçoada por ele. É a nossa identidade musical, composta por gênios como Noel Rosa, Cartola, Gonzagão, Tom Jobim, Dorival Caymi Chico Buarque, pelos tropicalistas, pelos sertanejos (os de verdade) e por todo mundo que faz algo genuinamente brasileiro, seja sofisticado como Chico Buarque ou popularesco como Calypso.

Sendo assim, valorizemos a nossa alma musical que é única no mundo. E para valorizar, é preciso conhecer. Temos muita gente boa se aventurando na área atualmente, gente que agradará até ao adolescente rockeirão que acha MPB coisa de velho. Você não é obrigado a gostar de nada. Não precisa ser fã de Bossa Nova, de Samba de raiz, de Djavan. Mas ao menos experimente ouvir o som de um Zeca Baleiro, do Seu Jorge e de tantos outros. Você vai perceber que essa galera é bem mais Rock’n’roll do que você imaginava.

***

Cinco músicas que você deve ouvir:

Aproveitando a onda, vão aí umas dicas pro pessoal que eu mencionei acima:


Zeca Baleiro – Piercing (Vô Imbolá)
Seu Jorge – São Gonça (Cru)
Los Hermanos – Samba a Dois (Ventura)
Nação Zumbi - Manguetown (Afrociberdelia)
Maria Rita – Caminho das Águas (Segundo)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Fazendo um social

Jardim do Éden

A linda Eva Mendes (foto) revelou, em entrevista à revista OK! Magazine, gostar de ficar como veio ao mundo, indumentariamente falando: "Adoro ficar nua. Faço tudo pelada, até jardinagem! Somos cubanos, e a ilha é quente. Por que não ficar nua?". Cada louco com sua mania. Mas pelo menos Eva tem um belo corpo para mostrar para possíveis curiosos (para não dizer pervertidos) vizinhos adolescentes. Seria o capricho da atriz um dialogismo pós-moderno com a passagem bíblica correspondente ou um simples desabafo aliviado a uma revista sensacionalista?

Paradoxalmente, Eva Mendes diz ter ficado muito tensa e envergonhada nas gravações das cenas de sexo do filme We Own the Night, com Joaquin Phoenix, previsto para ser lançado esse ano ainda. Culpa do paradigma que nos aflige de que sexo se faz na cama! Se o roteirista fosse um pouco menos preso a padrões socioculturais de acasalamento humano, Eva Mendes talvez se sentisse mais vontade num jardinzinho cenográfico! Perdoem-me as ironias.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

De Olho no Lance

O Brasil é logo ali


"Se algum atleta se sente menosprezado de não estar na seleção brasileira não é problema meu, ele que espere ser vendido para um clube grande como Barcelona, Milan. E jogador para atuar na seleção é preciso ter ética e não falar mal dos companheiros".

Essa foi uma das últimas declarações de Dunga(foto), técnico (?) da seleção brasileira. O alvo dessa vez foi o meia Souza, jogador do São Paulo. Dunga reclamou da atitude do jogador, que reclamou publicamente da não-convocação de Rogério Ceni para a seleção.

Polêmicas a parte, o que assusta é a pequenez de pensamento do técnico da maior equipe do mundo. Todos sabem que o papel de mero exportador de talentos cada vez mais destrói o futebol brasileiro. A prova disso é o público médio dos jogos no país e o nível técnico das partidas, ambos baixos.

Sim, Barcelona e Milan são gigantes do mundo da bola. Contudo, Dunga deveria conhecer – e respeitar – a tradição de nossos clubes. Santos, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Cruzeiro... Todos clubes seculares, com torcidas imensas e uma história de fazer inveja a vários clubes europeus.

Dunga esqueceu de dizer se considera o CSKA Moscou, o Dínamo de Kiev e o Shaktar Donetzky também são potencias futebolísticas. Afinal de contas, nosso técnico chama mais jogadores dos antes esquecidos times russos e ucranianos do que atletas dos times brasileiros. Para Dunga, o Brasil de verdade fica no leste. É logo ali, perto da Criméia.

***

E Cuca voltou ao Botafogo. Que coisa não? Confesso que nunca vi caso de uma readmissão dez dias depois de um técnico se demitir. Parece piada...

Não estou discordando da volta do técnico alvinegro, muito pelo contrário. Cuca não deveria ter saído da equipe, mas agora o estrago já está feito. Carlos Augusto Montenegro, vice de futebol do clube, fez o “favor” de acabar com o resto de moral que o elenco ainda tinha. “Fazer o que, são esses caras que vão ter que jogar até o final do ano!” foi apenas uma de suas declarações infelizes.

O Botafogo ano a ano vem subindo degraus em direção a sua dignidade. Já tem uma administração moderna, o melhor estádio do país e alguma infra-estrutura. Precisa agora se livrar de seus últimos torcedores-dirigentes, gente que levou o time ao fundo do posso cinco anos atrás.

***

Marion Jones(foto), medalista de ouro em três provas nos Jogos Olímpicos de Sidney (2000), assumiu ter competido sob o efeito do esteróide THG. A droga, que só foi descoberta graças a uma denúncia anônima provocou uma crise de credibilidade do esporte a alguns anos. Volta à evidência agora.

Infelizmente, o esporte de alto rendimento cada vez mais é agredido por condutas ilícitas. O dopping não está sozinho. Manipulação de resultados (Liga Italiana de Futebol 2005-2006), espionagem (Escândalo na F1 envolvendo a McLaren, esse ano) e erros grosseiros de arbitragem (Campeonato Brasileiro de 2007, Copa de 2002) são outros problemas a serem combatidos. Resta saber quando.

Comunicado importante!

Bem, nosso querido blog foi hoje alvo de descontraída reunião entre eu, Isabella, Igor e nosso mais novo - porém não menos importante - participante: Vitor Straliotto. Ele põe um g no sobrenome quando assina mas é artístico!

Esperamos que hoje tenha sido um dia importante para a trajetória do Pensamento Alheio. Vai haver uma "departamentalização" dentro do blog, dividindo os assuntos a serem tratados por área de conhecimento (ou de desconhecimento). Esperamos dar ao nosso leitor uma postagem nova todos os dias, ou quase.

Desde já anuncio algumas novidades:
>> a criação de uma coluna de rica análise da fisiologia externa e dos aspectos expositivos da superfície de organismos cujo par de cromossomos sexuais são chamados XX. É isso mesmo que você pensou, os caras vão na careta olhar vários bumbuns comprados e lançar seus olhares machistas sobre o "conteúdo";
>> uma sessão - essa sim, decente! - de resenhas e comentários de livros, filmes e música;
>> coluna social! Não podia faltar... mas virá de forma diferente do lugar-comum. Aguardem!
E muito mais!

Então até lá!
Sorte e competência para nós!

Um abraço a todos os leitores!
Tá, eu sei que ninguém vai ler, mas o que vale é a intenção!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Um Mar de Sutilezas

Muitas vezes certos gêneros cinematográficos são tão contaminados por clichês e pela repetição de modelos outrora bem-sucedidos que o espectador mais crítico já entra no cinema cheio de opiniões formadas antes mesmo de assistir ao filme. É possível que isso aconteça com Ligeiramente Grávidos (Knocked Up).

O filme, que tem direção e roteiro de Judd Apatow, conta a história de Ben (Seth Rogen) e Alison (Katherine Heigl), o típico caso onde os opostos acabam por se atrair. Alison é uma repórter iniciante que trabalha em um canal de celebridades e acaba de receber uma promoção. Ben é um homem rechonchudo de vinte e poucos anos que, junto com um grupo de amigos, vive em uma eterna adolescência.

Por obra do acaso, os dois se encontram em uma boate e acabam conversando, dançando e bebendo um bocado, não demorando muito para que resolvam passar a noite juntos. O que era para ser apenas uma noite se torna algo muito maior. Oito semanas depois a garota descobre que está grávida.

É nesse ponto que o filme afasta-se das obviedades e começa a trilhar seu próprio caminho. O relacionamento do casal principal flui de forma natural, começando com uma amizade e evoluindo até o amor. O oposto do que acontece com o casamento de Debbie (Leslie Mann), irmã de Alison, e Pete (Paul Rudd). A crise no casamento da irmã acaba afetando Alison, pois começa a se questionar se pode ser feliz com um homem tão diferente dela. Por conta disso, às vésperas do parto, a sua relação com Ben fica abalada.

A interação entre o elenco dá às dúvidas e conflitos de cada um dos personagens uma sensibilidade invejável. A dupla formada por Ben e Pete fala sobre as ambições, medos e frustrações que afligem boa parte dos homens antes do casamento de forma muito verossímil. Da mesma forma, Alison e Debbie ajudam-se a controlar a insegurança que as dominava.

O ponto alto do filme sem dúvida alguma é o roteiro. A leveza que dá o tom de todo filme constrói um clima no qual as emoções e diálogos sérios respeitam a inteligência do espectador, criando um motivo coerente para cada acontecimento.

“Ligeiramente Grávidos” é uma excelente diversão. Humor afiado, verossimilhança e sensibilidade transformam a obra em um mar de sutilezas, se comparado à que filmes similares apresentam geralmente. Um filme que agradará tanto o fã de “besteirol” quanto quem gosta de filmes sobre relacionamentos.

[Resenha originalmente publicada em "UERJ Viu"]

domingo, 2 de setembro de 2007

O paradoxo da triste graça (ou A graça do triste paradoxo)

O trem carioca é um meio de transporte muito democrático. De tudo se vê e se ouve dentro dos vagões: de fofocas (para distrair a viagem) à gente se arrastando pelo chão pedindo ajuda financeira. Faz uns dois dias meu companheiro Igor Mello me contou um causo bem engraçado à primeira vista, mas que, cada vez que lembro ou conto para alguém o que o ele me reportou, sinto algo de triste, sei lá, de pena, de raiva...

Um sujeito pregador da palavra de Deus, muito comum nos tchotchoques-tchotchoques da vida, surpreendeu com o seguinte trecho (adaptado, improvisado, aumentado, mas não inventado!) de seu monólogo:
"(...)porque, Senhor, graças a Ele, depois que entrei pra igreja, minha vida mudou. Depois que larguei aquela vida, meu Deus, o Senhor só me deu graças e mais graças e a minha vida melhorou muito. Não gosto nem de imaginar, Senhor, como sofria quando ainda não tinha o Senhor Jesus. Minha vida era muito horrível, passava necessidade, Senhor, eu e minha família. Minhas crianças... ah, minhas crianças! Como é bom ter Jesus dentro de mim! Minha vida mudou! Minhas crianças, não gosto nem de lembrar, Senhor, antes de eu assumir Jesus em minha vida, elas sofriam muito, ó, meu Deus! Não gosto nem de lembrar que tinha que dar refrigerante mendingão [sic] para elas beberem... hoje, meu Deus, obrigado, Senhor, elas tomam Coca-cola!!! Deus me ajudou muito depois que eu o aceitei em minha vida! Hoje eu posso comprar Coca-cola para as crianças beberem! Obrigada, ó, Pai!"

Embora num primeiro momento isso renda umas boas gargalhadas, depois de uns instantes achei isso tão triste... mas tão triste! Bem, não sei se vocês pensam como eu, aliás, não faço a menor questão que pensem. Quando projetamos o Pensamento Alheio eu e Igor decidimos o teor altamente (e livremente) opinativo dos textos. Mas então, voltando ao episódio: o que me deixou triste e me fez refletir por uns longos minutos não foi a Coca-cola em si. Até porque não tenho muita coisa contra a marca. Não sou comunista nem ativista nem nutricionista. Sou só uma menina um pouco vaidosa que tem medo de mais celulites. Tá, também não gosto muito da onipresença da Coca-cola e de sua superequipe de marketing que consegue fazer da marca um sinônimo de refrigerante, uma metonímia. Mas isso não tem nada a ver. Os fabricantes são apenas muito competentes e se sentem muito à vontade no sistema capitalista da ordem política global. O buraco é mais embaixo.

As tristezas oriundas do depoimento inflamado são duas: em primeiro lugar, como pode as pessoas associarem a imagem de Jesus Cristo a um caixa eletrônico? Vejam só! Nem disfarçar, disfarçam! Em muitas celebrações cristãs (e aí incluo as católicas e as protestantes) o combustível parece não ser mais a fé, e sim o dinheiro. Você dá muito dinheiro para receber muito muito muito mais dinheiro de volta, porque, afinal, essa é a grande meta da vida! É pra isso que servem os templos, não? Para que sejamos sempre prósperos e mais prósperos! Esse é um objetivo cada vez mais explícito. Que? Ahn? Crescimento espiritual? Amor pelo próximo? Ahn? Cultivo da fé? Combate ao egoísmo, ao individualismo? Dar graças a Deus? Que? Só se for pela mansão na Barra da Tijuca e pelo meu carro importado, né? Ricos de espírito? Sem problemas! Jesus devia estar é meio chapadão quando disse que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico ir para o céu!

Calma, gente, não fiz votos de pobreza, não sou ativista nem comunista, como já disse. Também não acho que ser rico é errado, que os ricos deveriam morrer, nada disso. Só me deixa indignada essa hipocrisia dos ditos cristãos. Como pode? Pregam uma coisa, mas têm uma ideologia materialista que os domina completamente? Isso é controverso demais. Ultrapassa os limites do paradoxo tolerável.

A outra coisa que me deixou triste foi ter um exemplo, outro exemplo, dentre tantos, do lado mau da ideologia capitalista, que é essa coisa de querer ter sempre mais, sempre do melhor, sendo que o melhor - e está aí a raiz do problema - não é o que é melhor pra você, não é o que você decide a partir de seus gostos e seu discernimento. O melhor, nesse caso, é o que os poderosos nos impõem. Isso é lamentável. Saber que todos nós estamos cercados e desarmados, e muitas vezes agimos não por vontade própria, mas por pressão de uma sociedade na qual os mais fortes determinam o que os mais fracos têm de fazer, como se comportar. Não que os mais fortes não possam influenciar os mais fracos. Isso é natural, até. O problema é quando a influência, ou melhor, a ordenação se dá de forma extremamente injusta, desleal, desumana. É quando nós, que embora fracos temos a capacidade de pensar, acabamos como vítimas num determinismo imutável.

Mas é melhor parar por aqui porque esse tipo de coisa é muito polêmico, e, como declarada vítima que sou, tenho que evitar causar polêmica para manter o fluxo "natural" da vida. Essa é minha função como colega de classe do pregador do trem.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

"Torcidas" Organizadas

Sempre tive sérias restrições a existência desse tipo de “torcedor”, sim, caro leitor, entre aspas para explicitar todo meu asco por essa raça infame – Mas depois da minha ida ao Maracanã (com a Isabella e meu amigo Vitor) para assistir Botafogo e São Paulo (Que decepção...) a situação piorou muito.

Foi um lindo espetáculo, mais de quarenta e sete mil pagantes em uma terça feira à noite. Tudo perfeito para um espetáculo memorável! Porém, aí caí no erro de olhar para o setor visinho, onde estava concentrada a Fúria Jovem Botafogo. Gostaria de entender porque Botafoguenses cantam músicas em incentivo a sua torcida e não ao time... Por que torcedores de verdade apóiam os mais nefastos cartolas do futebol brasileiro, como uma das facções do Vasco, que apóia Eurico Miranda? Por que alguém que supostamente vai assistir uma partida do seu clube leva armas e explosivos e marca confrontos pelo Orkut? Essas e outras questões mostram que esses bandidos são tudo, menos torcedores.

A violência que permeia nosso futebol só vai acabar quando esses cânceres forem expurgados e essas torcidas proibidas de existir. Só para ilustrar a gravidade da situação:

Quarta tem Botafogo e Flamengo no Maracanã. A PM não sabe como distribuirá as torcidas, já que, além de separar a Fúria Jovem do Botafogo (isso é nome de outra coisa além de uma gang?) e as torcidas do Flamengo, também precisa separar a Torcida Jovem Fla e a Raça Fla, que estão em pé de guerra. Enfim, sinal de tempos onde o futebol é um negócio, é poder, mas não é esporte...

domingo, 26 de agosto de 2007

Orkut, MSN e "junkinternetaholics"

É um assunto complicado...

Bem, em primeiro lugar, não quero magoar o coraçãozinho lindo e "sempre on" (droga, comecei!) de quem ler este texto, saibam logo. Mas, ainda assim, acho melhor alertar: se você é um junkinternetaholic, é sentimental, passa 4 horas ou mais por dia fazendo coisas do tipo entrar em comunidades orkutianas como "Nasci no dia do meu aniversário!" ou fazendo sexo virtual (?) com pessoas que você conheceu num bate-papo - aliás, se você entra em bate-papos do tipo Amizade Colorida 15-25 - é melhor ir agora mesmo procurar um blog que tenha uma colaboradora menos preconceituosa e chata do que eu. Não me responsabilizo por chororôs emos decorrentes do publicado aqui - calma aí, se você é emo sai daqui agora que eu tô mandando!

Falando sério, gente. A cada dia que passa mais brasileiros têm acesso à Grande Rede (que, dessa vez, - eba!!! - não é a Globo), a maior invenção do século passado, que a cada dia se mostra mais e mais útil a todo tipo de pessoa. Mas, como tudo tem seu lado ruim, hoje estou aqui não para falar das proezas da internet. Quero reclamar um pouco das desgraças mentais que vejo ocorrendo por aí em decorrência da utilização restrita da internet por pessoas que, na minha opinião, naturalmente, parecem não bater bem.

Um dia Deus vai abrir minha mente e me fazer entender e ser compassiva com viciados em Orkut e MSN, tenho certeza, e deixarei de ser uma pessoa preconceituosa e chata. Por enquanto, deixem-me pôr a boca no trombone! O que leva uma pessoa a passar, sei lá, 4, 6, 8 (!!!) horas por dia conversando coisas triviais com pessoas - que ela vê todo dia ou quase - pelo MSN? Pera lá! Só tem contras: possíveis tendinite, escoliose, obesidade e problemas da vista só pra falar do lado fisiológico da coisa. O pior mesmo é ver o quanto de tempo a pessoa perde. Às vezes acho que pessoas com esse tipo de hábito deveriam ser banidas da sociedade! Triste ironia... pela maioria (burra, grande Nelson!), os banidos seriam pessoas que pensam como eu.

Calma, não quero a queda do Messenger mais pop do Brasil! Eu faço uso freqüente, inclusive. E a última coisa que quero aqui é ser hipócrita. E não sou, podem ter certeza! Perdôo a utilização do MSN por horas a fio (e aí ele é um milagre!) por motivos nobres, ou por motivos pobres (quando não se tem telefone, o meu caso). O grande problema é que os motivos nobres variam de pessoa pra pessoa. Enquanto, pra mim, uma questão nobre é falar com um conhecido do exterior e ferrar as companhias - usurpadoras - telefônicas, para outros motivo nobre é um diálogo do tipo:

** gatinha (vo na big fild hj!!!)_*_ fala:
miguxão........... naum to fazendo nd!
BOLADÃO DO MONTEIRO fala:
kkkkkkk nem eu
** gatinha (vo na big fild hj!!!)_*_ fala:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
BOLADÃO DO MONTEIRO fala:
fasso + kkk q vc, olia kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
BOLADÃO DO MONTEIRO fala:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
BOLADÃO DO MONTEIRO fala:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
BOLADÃO DO MONTEIRO fala:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
BOLADÃO DO MONTEIRO fala:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Sem comentários...

Sobre o Orkut, razão de viver de muitas pessoas e idealizador da newgossip do século XXI, tenho de admitir, sobretudo, a utilidade do site de relacionamentos no que diz respeito à reunião de pessoas com idéias semelhantes para discussões interessantes, à facilidade do recado rápido e à possibilidade de reencontro de pessoas que não mantém mais contato. Não é nada, não é nada, pesquisa feita, quase 80% dos brasileiros com acesso freqüente à internet tem uma página pessoal lá.

O grande problema do Orkut é a predisposição que ele incita nas pessoas a serem falsas e mentirosas. Há casos de "amigos" de deixam um recado meigo por dia para o outro e, na rua, um não olha na cara do outro. Como isso me dá raiva! E aqueles casos de pessoas desinteligentes ou introvertidas ou feias pra burro ou tudo isso junto mas que se sentem no Orkut! Tentam mostrar quem elas não são! Chega a ser engraçado! Você conhece a pessoa de um jeito e vai ver no Orkut dela suas informações pessoais, suas fotos... tudo bem diferente da realidade a qual estamos acostumados! Das duas, uma: ou pessoas desse tipo sofrem de múltipla personalidade ou aproveitam a democracia-que-igual-não-existe da internet para se revelarem... e a revelação às vezes assusta!

Bem, chega, né! Se não daqui a pouco vão achar que eu tô com a fogueira armada pra jogar quem eu ver fazendo coisas desse tipo! Não esqueçam que tudo isso é opinião pessoal. Tá certo que a opinião às vezes é tão enfática que ultrapassa - e muito! - os limites da delicadeza, mas é isso aí! Também permito aos que leram dar sua opinião nos comentários à vontade (ai que meda! ai que meda! ai que meda!).

Vou sugerir ao Temporão:
"O Ministério da Saúde adverte: se for passar horas a fio com a cara colada no computador fazendo coisas sem sentido, seu vida-boa, pelo menos faça uma coisa útil para salvar seu dia. Visite o blog Pensamento Alheio!"

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Duas vitórias que não valeram nada

Ontem nossas seleções de basquete e futebol entraram em campo. Ambas venceram, mas não convenceram.

Confesso que não vi o jogo entre Brasil e Argélia, mas ainda sim é possível comentá-lo. Novamente Dunga escalou seu time com desconhecidos e jogadores medíocres e estava perto de mais um vexame, já que virou empatando em 0 x 0 com o fraquíssimo time africano. Viu-se obrigado a colocar em campo seus desafetos Kaká e Ronaldinho Gaucho.

Como todos já esperavam, os dois mudaram a partida. Kaká jogou bem e Ronaldinho acabou com a partida, fazendo o cruzamento para o gol de Maicon (outro que não deveria vestir a amarelinha) e fez o segundo. Obviamente isso ainda não vai convencer Dunga a escalar um time decente contra EU and A e México. Afinal de contas, para resolver o problema no ataque Dunga trouxe de volta Afonso Alves! É amigo, prepare-se... As eliminatórias estão chegando.

***
A seleção brasileira de basquete estreiou no Pré-Olímpico das Américas, ontem em Las Vegas. Depois de um primeiro tempo fraquíssimo entre as duas equipes - Aos 5 minutos o placar ainda marcava 6 a 6 - O Brasil deu mostras de que venceria fácil. Com um time extremamente dependente de Leandrinho, a seleção abriu com facilidade mais de dez pontos na fraca seleção canadense.

Lula Ferreira como sempre desmontou o time quando as coisas começavam a dar certo, dando chance do adversário encostar no placar e tornar o jogo difícil até o final, quando Leandrinho voltou a quadra e o Brasil voltou a abrir.

Se Lula não aprender a comandar a equipe não vamos nos classificar às Olimpiadas, isso ficou claro.

sábado, 18 de agosto de 2007

A Cigarra e a Formiga

Durante toda a semana ministros e membros da bancada governista afirmaram que a crise nas bolsas mundo a fora não afeta o Brasil. Sinceramente tenho minhas dúvidas... É bem verdade que a economia do país vai bem, obrigado. Mas certamente poderia ir melhor ainda, se o governo não agisse de maneira excessivamente cautelosa, pra não dizer covarde.

Embora não demonstrasse preocupação, o Banco Central não via com tão bons olhos a queda vertiginosa do Dólar. Esqueça a questão das exportações, o problema todo estava relacionado às enormes reservas criadas pelo governo Lula, reservas em Dólar.

O problema é similar à fábula da Cigarra e da Formiga: enquanto o governo FHC mantinha reservas na casa de 25 bilhões de dólares – insuficiente para lidar com qualquer crise econômica que viesse a surgir – o governo do PT mantém uma quantia acima de 150 bilhões de dólares na reserva, valor alto demais para o atual estado da economia brasileira - muito menos vulnerável que outrora. Como quase tudo no Brasil, achou-se que a solução era radicalizar: se a Cigarra (governo FHC) morreu de fome entre uma crise e outra, o certo é ser como a Formiga.

Mas como todos sabem, a Formiga estoca comida para enfrentar o inverno rigoroso. Acontece que os últimos quatro anos foram tudo, menos um inverno... Nem tivemos uma brisa mais gélida, uma noite que serenasse. A economia global passou por um dos momentos de maior crescimento no último século e nós não crescemos por covardia. Juros altíssimos e reservas exageradas e feitas na época em que a moeda estadunidense custava quase 3 reais.

Agora, finalmente o inverno chegou e o Dólar ameaça cair ainda mais. Corremos o grande risco de guardar papeis sem valor. Migrar para uma reserva em Euro é uma boa opção, mas o mais urgente é conseguir maneiras de estimular o crescimento: fazer o PAC sair do papel. Se a economia for similar ás crianças, precisa estar saudável para crescer. A saúde já está aí, só falta o crescimento.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

A Torto e a Direito

Eu poderia estar irritado com mais um fatídico episódio calhorda do caso Calheiros. Poderia estar praguejando os céus, pois o Botafogo perdeu novamente. Porém, o que estragou meu dia foi assistir a um debate com a participação dos fundadores do movimento “Cansei!”.

Para quem interessar possa, este consiste em um grupe de pessoas revoltadas com a situação do país, que, adotando o último acidente aéreo como gota d’água, resolveu protestar contra o governo, já que consideram-no o culpado por tudo que dá errado no Brasil.

Como pode parecer à primeira vista, o que me irrita não é o fato do movimento ser claramente direitista. O problema é declarar-se apolítico e apartidário, quando a essência do movimento contradiz o que foi dito. Como ser apartidário quando o seu grande financiador é ninguém menos que João Doria Jr., notório entusiasta do PSDB e de FHC? Como ser apolítico tentando derrubar um presidente ou representando os interesses de uma pequena parcela da população que apóia um projeto de Estado totalmente ligado ao neoliberalismo? Esse é o mal de quem não soube largar o osso e quer dar o bote de qualquer jeito. Deixem-me explicar.

O Brasil é um país de direita. Com exceção de raros períodos, esse é o nosso status quo, seja ele democrático ou não. Até aí, nada demais. Países como os Estados Unidos e a Inglaterra bebem na mesma fonte desde tempos remotos e estão muito bem na sua condição de potências, obrigado. Porém, só atingiram esse patamar porque tem direitas inteligentes.

Aqui, no entanto, a coisa é bem diferente. As eleições se aproximam e é preciso combater a popularidade de um governo cheio de erros e contradições, mas comandado por um dos maiores fenômenos eleitorais que esse país já viu. Como fazer isso? Um dos caciques da nossa distinta oposição diria: basta apontar para um problema e bradar “Tem dedo do Lula nisso!”. Com o perdão do trocadilho, é isso que esse tipo de movimento faz. Joga sujo, pois, apesar de agir visando esse tipo de prática, ilude a população mais desinformada vestindo a carapuça da imparcialidade.

Ser de direita não é o problema, novamente afirmo. O problema é ser como a nossa direita, que espalha bravatas a torto e a direito, esquecendo-se que historicamente é a grande culpada por nossa situação de hoje. Culpada por ser burra: ganha pouco roubando migalhas de um país miserável, ao invés de criar o grande país que poderíamos ser e “viver de renda”. Seriam os maiores beneficiados... Isso que aconteceu em nossos “irmãos do norte” e na “terra da Rainha”. Mas pra isso é preciso parar de olhar para o próprio umbigo e pensar em tudo que se ganharia no futuro... E é como dizem, “quem tem fome, tem pressa”. Sábias são as avós que aprenderam que “apressado come cru e passa mal”....

P.S. – Vou montar um movimento: Renan, “Cansei!” de você...

A vida como a novela é

Às vezes me pergunto se a Globo fez pacto com o Coisa Ruim ou algo assim... Como pode uma emissora influenciar tanto a vida das pessoas? Quer dizer, o problema não é nem com a emissora, ela tá aí pra fazer isso mesmo, pra isso que os publicitários a pagam. A pergunta é: como pode as pessoas se deixarem influenciar tanto por uma emissora de tevê? Ai, ai, as novelas! Novela das 6, das 7, das 8... Assistir novela é algo tão tradicional em nossas vidas - quero dizer, na vida de vocês, na minha não! nem na do Igor, que eu sei! - que o dia que o governo proibir a exibição de novelas (seria interessante numa política educativa - perdoem-me ser taxativa) a vida perde o sentido. Novela, aqui no país-tropical-abençoado-por-Deus, é uma metanarrativa!

Tá, esse assunto rende muito. O que se pode tirar dele, por exemplo, é a idolatria pelos bonitões e bonitonas da telinha. Há personagens - olhem bem: personagens! - que influenciam tanto nossa vida social, mas tanto, que ultrapassam o limite da suportabilidade para pessoas que têm um mínimo de apego à idéia de indivíduo, como eu. Apareceu na novela, virou tendência: quem não lembra das pobres criancinhas de 2 anos vestidas como a tal da Darlene, personagem da Débora Secco (shiii, essa então! se juntar tudo o que vemos por aí, dá pra organizar uma indústria multimidiática Vida Sexual de Débora Secco: notícias quentes e bombásticas de hora em hora. Fica a sugestão. Não, não, por favor, não! Retirem o que disse!)? E a tal da Dona Jura, que fez o Piscinão de Ramos mudar de status social? Como ela conseguiu isso, me pergunto! E isso numa novela só, hein!

A verdade é que é difícil para o povo separar realidade e ficção. E é desse subdesenvolvimento mental que as grandes empresas televisivas se aproveitam para moldar no telespectador o comportamento que querem que ele tenha. Novela, ao retratar a suposta realidade, da qual o pessoal tanto gosta, meio que anestesia os problemas da verdadeira realidade pessoal para sobrepor os dilemas da vida dos outros, que, no mínimo, devem ser mais legais: "hum... gente bonita, rica, zona sul, mulher gostosa! se for pra encarar problemas, que sejam os deles, que devem ser mais interessantes", muita gente pensa assim. E o povo acaba preso à ditadura da novela (claro, com prisioneiros dopados por cenas de sexo e entretenimento de baixo nível evita-se revolta. A não ser por um ou outro que desabafam por aí, como a menina que está escrevendo. Essa menina, aliás, ainda é bem ousada em dizer essas coisas. Até parece que ela nunca foi dar uma conferidinha básica no superexplorado tórax do Marcos Pasquim ou nunca ficou com os olhos grudados naquela cena que era A cena, que as revistinhas de R$ 1,99 das bancas prometiam há tempos!). Não quero nem tocar no assunto "publicidade e novela" porque seria o mesmo que cortar o fio vermelho num filme de ação. Ia explodir tudo!

Ah, mas esse assunto rende muito... quem sabe vem aí uma parte 2.
Desculpem as coisas meio perdidas e o excesso de opinião pessoal. Prometo (tentar) melhorar da próxima vez!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Árbitro e auxiliar de Figueirense e Botafogo são afastados pela CBF

O árbitro Elvécio Zequetto(foto) e o auxiliar Adenilson da Costa Pinheiro foram afastados da próxima rodada do Campeonato Brasileiro. A punição se deve aos erros cometidos por ambos no último domingo, na partida entre Figueirense e Botafogo. Dois erros gravíssimos interferiram no resultado da partida e prejudicaram a equipe carioca. “Enquanto isso, eles vão ficar refletindo em casa. Erraram, e isso não pode ocorrer. Os árbitros têm de estar 110% concentrados durante os jogos", declarou Sérgio Corrêa, presidente interino da Comissão de Arbitragem da CBF. A pena ainda pode ser ampliada.

A diretoria do Botafogo prepara um documento que será enviado à CBF, no qual serão feitas duras críticas ao nível das arbitragens no país e à conduta da CBF quanto a essa questão. Vale lembrar que o clube esteve envolvido em várias polêmicas relacionadas à arbitragem: o gol anulado na final do Campeonato Carioca e os dois gols anulados na semifinal da Copa do Brasil contra o mesmo Figueirense.

No entanto, deixo o questionamento: porque os árbitros não serão punidos com o mesmo rigor que a auxiliar Ana Paula de Oliveira, que cometeu erros de igual gravidade na semifinal da Copa do Brasil já mencionada? Essa atitude da CBF confirma a tese de que a punição foi, sim, justa. Porém, só foi aplicada pelo fato de se tratar de uma mulher.